À Espera de Um Milagre – Stephen King

milagre-kingTítulo: À Espera de um Milagre (antes conhecido como “O Corredor da Morte”)
Autor: Stephen King
Tradução: M. H. C. Côrtes
Editora: Objetiva
Páginas: 271
ISBN: 85-7302-293-0

Resumo

“Paul Edgecombe é um homem velho. Muito velho. E no asilo para idosos onde passa agora seus dias, Edgecombe é assaltado por lembranças do passado. Penitenciária de Cold Montain. O macabro corredor da morte. Frios e cruéis assassinos. Por muito tempo, Edgecombe foi guarda do presídio onde ficavam os condenados à morte e são muitas as histórias que insistem em visitá-lo nos seus dias agora vazios. Mas há uma em especial que o atormenta. Há uma em especial que não deixará Edgecombe em paz até contá-la em detalhes. Todos os detalhes. É a assustadora história de John Coffey, o gigante assassino de duas meninas.
Acompanhe Paul Edgecombe neste mergulho num passado de ódio, vingança e… milagres. O corredor da morte espera sua visita”.

Resenha

Há algum tempo, assisti ao filme À Espera de um Milagre (de 1999), estrelado por Tom Hanks, e pelo finado Michael Clarke Duncan. Lembro-me bem de ter sido um dos filmes mais impactantes que tinha visto na vida. O filme é ótimo. Mas achei tão pesado, que nunca mais retornei a vê-lo.
Agora, alguns anos mais tarde, descobri que este filme era uma adaptação cinematográfica de um livro do famoso escritor Stephen King (sim! Sempre ele…).
Diga-se de passagem, no Brasil, o livro foi originalmente intitulado “O Corredor da Morte”; porém, passou a se chamar “À Espera de um Milagre” em virtude do grande sucesso que fez o filme, e à notoriedade que ganhou este título.

Enfim, resolvi pegar o livro, e reviver o drama de Paul Edgecombe e John Coffey.

O livro é uma narrativa estilo flashback. O protagonista, Paul Edgecombe, é um ancião que vive em um asilo, e relembra algumas histórias de sua vida como guarda da penitenciária de Cold Mountain, unidade do Corredor da Morte, na década de 30.
Em especial, Paul narra sua experiência com o detento John Coffey, condenado à morte na cadeira elétrica por ter sido encontrado “na cena do crime” com as irmãs Detterick estupradas e mortas em seus braços.
Quando encontrado, Coffey estava aos prantos, berrando desesperadamente, e tudo que tinha a dizer aos policiais era “Não pude evitar. Tentei tirar de volta, mas já era tarde demais”.
O prisioneiro, inicialmente retratado como um bruto assassino, é um negro de estatura física fora do normal, mas que não apresenta nenhum sinal de violência ou insanidade. Pelo contrário, ele se mostra um ser humano dotado de ingenuidade incomum e de tristeza profunda.

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A trama se desenvolve no corredor da morte, onde Edgecombe divide espaço com alguns presidiários e demais colegas de trabalho. Entre eles, destaca-se Percy Wetmore, um agente carcerário que é um imbecil, dotado de uma índole sinistra que te faz desejar que ele seja eletrocutado no lugar dos detentos condenados à morte.
Aliás, é engraçado como você acaba se apegando aos detentos, mesmo sabendo das atrocidades que cometeram na vida. Eles são bem mais carismáticos que outros personagens. O único preso difícil de engolir é “Wild Bill” Warthon, um desgraçado que merece a morte mesmo! Haha…
No decorrer da história John Coffey realiza três milagres divinos (poderia até ser canonizado!!), e põe dúvidas cruéis na cabeça de Paul Edgecombe: será que Coffey realmente cometeu o crime do qual foi acusado e condenado? E se ele for inocente, o que fazer para evitar sua eletrocussão?
O final é emocionante e eletrizante…Mas eu não chorei!!! Foi só uma poeirinha que entrou no meu olho aqui…

         greenmile

Agora, se eu recomendo esta leitura? Apenas pra quem tem coração forte. Trata-se de uma história realmente pesada, que não te traz nenhum sentimento de alegria ou felicidade. Só agonia e tristeza, desde o sofrimento do protagonista com uma infecção urinária, até as execuções na cadeira elétrica, que são descritas nas minúcias por Paul Edgecombe.
Mas tenho que dizer, é uma leitura e tanto! O livro é ótimo. Ainda mais impactante e emocionante do que o filme.
É daqueles que você acaba de ler, e fica horas pensando na história; em como ela poderia ter sido diferente, e em como tudo tem um propósito…

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